Xilogravura é uma arte de origem chinesa, caracterizada por ser uma técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e realiza reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com o de um carimbo.
A Casa da Xilogravura de Campos do Jordão é um museu particular, inaugurado no ano de 1987 pelo professor e escritor Antônio F. Costella, mas instalado em um prédio construído em 1928, que antes de ser museu era um mosteiro. No mesmo prédio há atualmente a Editora Mantiqueira, que tem seu lucro aplicado na manutenção do Museu de Xilogravura.
O acervo do museu conta com mais de duas mil obras de xilogravuras expostas e preservadas, de mais de 400 xilógrafos. O museu é aberto ao publico, e entre as 20 salas de exposição estão o atelier da xilografia, a oficina tipográfica e a biblioteca especializada.
O museu conta também com uma lojinha, onde as pessoas que visitam o local podem comprar algumas xilogravuras, materiais para fazer xilogravuras, livros da editora Mantiqueira, além de lembrancinhas da cidade de Campos do Jordão.
Assim que o visitante entra na Casa de Xilogravura, ele vê um grande tronco de ipê que se estima ter mais de 300 anos. Através dos desenhos deixados pelo tempo, na peça de ipê, há a possibilidade de demarcar acontecimentos históricos; Há, na madeira, registradas as datas do enforcamento de Tiradentes, da Independência do Brasil, do nascimento de Campos do Jordão e até mesmo de quando o homem pisou na Lua.
A casa da Xilogravura funciona de quinta a segunda-feira, das 9:00hs ao 12:00hs e das 14:00hs as 17:00hs. A entrada custa R$ 2,00, menores de 12 anos não pagam para entrar, e maiores de 60 anos pagam R$1,00. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone (12) 3662-1832. A casa fica localizada na Av. Eduardo Moreira da Cruz, nº295, Vila Jaguaribe. Perto da praça Nossa Senhora da Saúde.
Para os que vão passear em Campos do Jordão no inverno ou em qualquer outra época do ano, visitar a Casa de Xilogravura é uma oportunidade única para conhecer uma arte milenar, mas não muito divulgada atualmente.
Autor: Roberto Maurer